quinta-feira, 20 de agosto de 2009

JABÁ, A HISTÓRIA... GREATEST HITS! Parte I



Muita gente, ou você mesmo já deve ter questionado-se por que a banda do seu filho, ou mesmo aquela sua prima cantora não consegue fazer algum sucesso, apesar de ter um bom CD gravado (ou vários), mas continua sem "sair do lugar", ou sequer consegue fazer um bom número de shows!

- Será que o problema está no gênero ou estilo musical que foram escolhidos?!Talvez, mas nem tanto!

- Será que é pela falta da qualidade musical dos músicos, intérpretes, das composições, ou mesmo do repertório escolhido para o disco?Depende...

- Será que é falta de capital para investir na "Divulgação", "Jabá", "Acordo entre cavalheiros"?Huuum...

- Fazer sucesso, grandes programas de TV, Rádio, divulgação exaustiva?Possivelmente sim, está sejá a resposta mais coerente!

O que o grande público não sabe, é que por trás da maioria dos sucessos de grupos musicais, cantores e bandas, em parte não acontecem por méritos exclusivos dos mesmos, mas sim de uma combinação de fatores (felizmente alguns deles com talento... outros nem tanto, em especial nas duas últimas décadas), fatores que envolvem altas quantias em dinheiro para grandes emissoras de TVs abertas e Rádios, a gravadora, o empresário, ou mesmo o própio artista, que nesse caso pagam um valor "X" para apresentar-se em tal programa, ou para suas principais músicas serem tocadas em determinadas rádios, ou programas específicos.

A indústria da música como é conhecida, não só no Brasil, no mundo todo movimenta-se dessa maneira há décadas, até porque "troca de favores" e "Panelinhas" sempre existiram, porém com mais força após a II guerra, quando o consumismo invadiu o mundo, e muitos empresários, ou grupos donos de grandes gravadoras multinacionais sempre visaram os grandes lucros, praticamente a COLUMBIA, RCA e a DECCA, dominavam o mercado fonográfico, quando não de forma direta, através de subsidiárias (espécies de filiais) espalhadas mundo afora.
Essas gravadoras praticamente dominavam o que se escutava no rádio, inclusive muitas vezes de forma racista, o Blues por exemplo, perdeu em parte com isso.



A resposta chegou junto com a mentaildade pós guerra, e surgiram muitas gravadoras independentes, devido ao barateamento de aquipamentos de estúdio e prensagem, e muitas delas a exemplo da Atlantic de Nova York, a Chess de Chicago, a Sun de Memphis (no Brasil vou citar a Mocambo/Rozenblit de Recife, orgulho para nós pernambucanos), e foi quando as novas gerações passaram a usar o Blues, o Rhythm and Blues, Country "hillbilly", a música negra, e a música caipira (em sua forma mais crua e autêntica), e desde então surgiu o Rock 'n' Roll, termo inclusive batizado por Alan Freed, um dos DJs (locutores) mais importantes para o crescimento do Rock, não só nos Estados Unidos país de orígem, mas no mundo todo.

Alan Freed ajudou a alavancar a carreira de muita gente importante nos anos 50, como por exemplo Chuck Berry, de quem exigiu co-autoria na música "Maybellene", e Alan foi acusado justamente de fazer uso do "Jabá", não só com grandes gravadoras, mas também com as pequenas e independentes, chegou a ser investigado pelo governo dos Estados unidos, ele que participou e foi parceiro dos primeiros filmes com a temática "ROCK" em 1956, ele morreu pobre na primeira metade dos anos 60.

Alan Freed

Por enquanto é isso pessoal, essa é apenas uma parte da vasta história da indústria do disco, assim como houveram muitos outros Disc Jockeys que também prativam o "Jabá"... porém, eu particularmente defendo pelo menos o lado bom nesse caso específico, é que a música popular que executava-se (com jabá ou não) nos anos 40, 50, 60, 70, era muito melhor que a mantida pelo jabá de hoje!Concordam?!

Por Joanatan Richard


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