terça-feira, 29 de setembro de 2009

 







Com

THADEU 

SIQUEIRA 

ALVES












Lembro me muito bem quando na metade dos anos  da década de 1990 quando fui pela  primeira vez no estúdio que ficava no prédio da Livraria Estudantil em Caruaru - Pernambuco , não lembro em qual andar nem a sala, mas foi lá que conheci Thadeu, eu nunca havia gravado, mas tinha acabado de entrar na Banda Patota, que havia gravado lá recentemente, fui com um membro fundador da banda, o amigo músico e produtor Alexandre Rasec, estava apenas começando no mundo profissional da música, e não tínhamos a fartura e facilidade para com as informações que temos atualmente.
Fiquei bem curioso com aquele equipamento, gravador de rolo, as salas de gravação... e uma recordação interessante, perguntei a Thadeu: "É difícil gravar, pois nunca gravei antes, mas nós tocamos na linha do Creedence, que deve ser mais fácil gravar  não é?"(risos)

Somente no ano 2000 que a gravação da The Bluz foi concretizada, com o estúdio em outro local da cidade.No Kazulo gravaram também, algumas importantes bandas contemporâneas  da nossa cena, Sangue de Barro, Zabumba Bacamerte, Thorn, etc. 
Muitos trabalhos já foram feitos por Thadeu, com 25 anos de áudio, trabalhou com vários artistas e bandas de nome nacional. 
Nomes como: Adilsom Ramos, Jorge de Altinho,  Alcimar Monteiro, Banda Pinguim, Banda Anjo Azul, Banda Gang Latina, Fagner, Santana, Luiz Gonzaga, Oswaldinho, Hermeto Pascoal, A sas da América, Renilda Cardoso, Valdir Santos, Erisom Porto, Almério e Rogéria, Josildo Sá, Zabumba Bacamarte, The Bluz, Sangue de Barro, etc.
Atualmente Thadeu vem dando continuação seu trabalho que está cada vez melhor, no Global  Mix studio.

Espero que curtam mais uma the "Bluz blog" entrevista!

Qual foi a primeira impressão que teve quando começou a gravar o primeiro trabalho da The Bluz, isso no ano 2000? 
Que o blues era um desafio de se gravar, não é simplesmente ligar o gravador e sair gravando, e sim um estado de espirito. Apredemos muito com aquele projeto. 

Fala sobre o Estúdio Kazulo e o equipamento que dispunham naquela época. 
Foi um sonho que realizei; ter o meu proprio home studio. O nome kazulo era uma idéia de entrar naquele pequenino studio e o som passar por uma grande metamorfose de timbres e pura energia e talento. O equipamento era modesto mais falava como gente grande, pois sempre fui fã dos equipamentos europeus, principalmente os ingleses e alemães.  

O que de mais relevante você percebe que mudou de lá pra cá? 
Acho que a tecnologia avançou e o talento se retraiu. Não é a toa que a gente vê a nova geração redescobrindo bandas como IROM MAIDEN, BLACK SABBATH, RUSH, PINK FLOYD, QUEEM, BB.KING, ERIC CLAPTON aff!... etc, no Brasil, nem se fala. Mais as pessoas já estão descobrindo que não basta ter um PC e uma placa, que numa gravação não e só ter uma idéia, samplers e loops. Gravar uma bateria acústica e depois não saber o que fazer com ela; sai troncando o som por sampler destruindo a perfomance do baterista. O TALENTO ainda faz a diferença.   
 

Muitos em nossa região o consideram um dos melhores engenheiros de som, e o mais conectado tratando-se de gêneros musicais gringos, Rock, Blues, Metal, Progressivo, etc.O que pensa a respeito disso tudo? 
Eu antes de tudo sou um roqueiro careta (risos) meus ouvidos cresceram ouvindo rock, blues, funk, ritmo & blues e meu pai tinha banda de baile; lá passaram grandes músicos e na convivência com eles eu descobrir muito som legal. Então enquanto muita gente tratava o rock no studio com um certo preconceito, eu já usava guitarra com amplificador marshal emprestado do meu amigo Jairo da banda versatil. Acho que isso diz tudo.     

Poderia citar três discos que marcaram tua vida, e porque?
- 1 Hemisphere do RUSH mudou minha vida.
- 2 Fragile do YES, o Jon Anderson canta como um anjo, e o Cris Squaire segura a onda naquele velho Rickenbacker, uma viagem.
- 3 Fantasy da banda negra de R&B EARTH, WIND & FIRE, que na decada de 80 era considerada um fenonemo, uma aula de swing, grooves e arranjos de metais e voz, tenho até hoje todos os LPs guardado. 


O que podemos esperar do Thadeu Mixer para um futuro breve, projetos?! 
Quem me conhece sabe que não paro de reciclar quando ninguém sabia o que era pro tools eu fui a São Paulo estudar e comprei um Mac G4 isso na década de 90. Quando a M7 (mesa digital) chegou ao nordeste eu já fazia um ano que tinha o manual dela em mãos. Vem ai a nova mesa digital D-SHOW, eu já tenho o software dela no meu notebook, ou seja sempre busco a informação. Meu projeto atual é dar um curso básico de áudio para a galera daqui e região, e passar um pouco do que sei nesses 29 anos de profissão.


Deixe suas considerações finais para a galera nova que está atuando em nossa região.  
 Procurem estudar bastante, pelo menos o seu som faça bem feito. Seja profissional não só no palco mais também fora dele. A importância de organização é fundamental para quem quer voar mais alto na música.


 

9 comentários:

  1. Importantes palavras de um excelente profissional

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  2. É, são palavras enriquecedoras, ah se a nova geração sacar que o segredo da essência está em tantas coisas q foram vivenciadas tempos atrás, e hoje com toda tecnologia e facilidade pra tudo estaríam fazendo trabalhos bem melhores!

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  3. aê está um cara que merece nossa admiração um profissional de mão cheia e um uma pessoa bem legal

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  4. Galera do The Bluz !! Eu sou MaurusBlues , gaitista da "Honorável Cabaré Blues Band" de São Paulo e vou para Recife entre os dias 11 e 13 de outubro. Gostaria de saber onde vai rolar um blues nesses dias por aí.

    Valew

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  5. Valeu Anderson, é isso mesmo!

    Maurus, obrigado por visitar nosso blog e comentar.
    Os shows mais esperados é o "OI BLUES BY NIGHT COM EDDIE C. CAMPBEL, LANCASTER E MARCELO NAVES" mas será dia 28/10.

    Abração

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  6. Qual, a que a gente tá ainda criança com Nato e Thadeu?

    RSRSRS, VALEU

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  7. Legal, amigo. Colocar o velho mestre dos controles Thadeu como entrevistador foi uma sacada merecida. Foi com ele que registramos pela primeira vez a Thorn e ficamos muito felizes com o resultado. Ele sempre está conosco no estúdio ou no palco e o que mais gosto é que mantém a crítica mesmo sendo um amigão. Sempre que aponta bons e não tão bons aspectos da Thorn eu escuto com atenção e dou crédito, afinal com 29 anos de estrada e o DNA musical que tem, quem sou eu pra despresar, não é mesmo? kkk parabéns pelo blog

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  8. É vero Pablo, valeu pelo comentário!

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